quarta-feira, 29 de junho de 2011

Semana de Arte Moderna de 1922



A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas europeias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor DiCavalcanti.



As Vanguardas europeias ferviam, e os artistas brasileiros que lá estiveram, não voltariam os mesmos.
Voltariam com sede de modernidade, de aventurar-se por novas linguagens. que romperiam definitivamente com os modelos tradicionais.
Alguns anos antes, uma das artistas responsáveis pelo movimento, Anita Malfatti, organizou sua exposição de pintura moderna nos meses de dezembro de 1917 e janeiro de 1918. Porém, um artigo da “Folha de São Paulo”, de autoria de Monteiro Lobato, que também era crítico de arte, impressionou pelo tamanho repúdio à nova arte. ( Anita Malfatti “Nu Cubista)
 
Arte moderna, Semana de, evento de 1922 que representa uma renovação de linguagem, a busca de experimentação, a liberdade criadora e a ruptura com o passado.
Oficialmente, o movimento modernista irrompe, no Brasil, com a Semana de Arte Moderna que, em de três festivais realizados no Teatro Municipal de São Paulo, apresenta as novas idéias artísticas. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse.
Não foi assim. Na principal noite da semana, a segunda, enquanto Menotti Del Picchia expunha as linhas e objetivos do movimento e Mário de Andrade recitava sua Paulicéia desvairada, inclusive a Ode ao burguês, a vaia era tão grande que não se ouvia, do palco, o que Paulo Prado gritava da primeira fila da platéia. O mesmo aconteceu com Os sapos, de Manuel Bandeira, que criticava o parnasianismo. Sob um coro de relinchos e miados, gente latindo como cachorro ou cantando como galo, Sérgio Milliet nem conseguiu falar. Oswald de Andrade debochou do fato, afirmando que, naquela ocasião, revelaram-se "algumas vocações de terra-nova e galinha d'angola muito aproveitáveis".
A semana era o ápice, ruidoso e espetacular, de uma não menos ruidosa e provocativa tomada de posição de jovens intelectuais paulistas contra as práticas artísticas dominantes no país. Práticas que, embora aceitas e mantidas, mostravam-se esgotadas para expressar o tempo de mudanças em que viviam. A fala de Menotti del Picchia, afirmando que a estética do grupo era de reação e, como tal, guerreira, não deixava margem à dúvidas: "Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade, sonho em nossa arte. Que o rufo de um automóvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o último deus homérico, que ficou anacronicamente a dormir e a sonhar, na era do jazz band e do cinema, com a flauta dos pastores da Arcádia e os seios divinos de Helena".
Antecedentes
Vários fatos contribuiram para a Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1912, Oswald de Andrade chega da Europa influenciado pelo Manifesto futurista de Marinetti, funda o irreverente jornal O Pirralho e, em suas páginas, critica a pintura nacional. O pintor russo Lasar Segall, em 1913, desembarca em São Paulo com um estilo não acadêmico, inovador e de cunho expressionista. Annita Malfatti, em 1914, após mostrar seus trabalhos ligados aos impressionistas alemães, decide estudar nos Estados Unidos. Em 1917 - ano de grande agitação político-social, greves e tumultos marcando as lutas do operariado paulista -, inaugura-se a nova exposição de Anita Malfatti, impiedosamente criticada por Monteiro Lobato no artigo Paranóia ou mistificação. Menotti del Picchia publica Juca mulato, um canto de despedida à era agrária diante da urbanização nascente. Em 1920, Oswald de Andrade diz que, no ano do centenário da independência, os intelectuais deveriam fazer ver que "a independência não é somente política, é acima de tudo independência mental e moral".





fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Semana_de_Arte_Moderna

Grupo: Felipe, Victor Batista, Gabriel Bertucce, Matheus Vinicio

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Guerra do Contestado


A Guerra do Contestado, em linhas gerais, foi um conflito armado, entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira pretendida pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e até mesmo pela Argentina. A Guerra do Contestado terá tido origem em conflitos sociais latentes na região, fruto dos desmandos locais, em especial no tocante à regularização da posse de terras por parte dos caboclos. Representando, ao mesmo tempo, a insatisfação da população com sua situação material, o conflito era permeado pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte do caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

A Guerra do Contestado foi um conflito que alcançou enormes proporções na história do Brasil e, particularmente, dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Semelhante a outros graves momentos de crise, interesses político-econômicos e messianismo se misturaram ao contexto explosivo. Ocorrido entre 1912 e 1916, o conflito envolveu, de um lado, a população cabocla daqueles Estados, e, de outro, os dois governos estaduais, apoiados pelo presidente da República, Hermes da Fonseca.

A região do conflito, localizada entre os dois Estados, era disputada pelos governos paranaense e catarinense. Afinal, era uma área rica em erva-mate e, sobretudo, madeira. Originalmente, os moradores da região eram posseiros caboclos e pequenos fazendeiros que viviam da comercialização daqueles produtos.manda lah soh
cio da Guerra: Dezembro de 1913, em Taquaruçu
Tempo da Guerra: 26 meses
Auge da Guerra: Março-abril de 1915, em Santa Maria, na Serra do Espigão
Final da Guerra: Janeiro de 1916, em Perdizinhas

Área conflagrada: 15.000 km²
População da época envolvida na área de conflito: aproximadamente 40.000 habitantes

Municípios do Paraná, na época: Rio Negro, Itaiópolis, Timbó, Três Barras, União da Vitória e Palmas

Municípios de Santa Catarina, na época: Lages, Curitibanos, Campos Novos e Canoinhas
(A área chamava-se Contestado porque tinha sido palco de disputas entre Sta Catarina e Paraná. Em 1910, o governo federal deu ganho de causa aos catarinenses).

Por que houve o conflito?
as causas são parecidas com a de Canudos: cerca de 50 mil camponeses sem emprego, expulsos de outras regioes por latifundiarios e companhias colonizadoras, que depois vendiam estas terras para imigrantes alemaes, poloneses, austriacos, etc...
a fome e a miseria os unia na luta pela terra, alem da fé promovida pelo beato Jose Maria que pregava para breve a criaçao de um Reino Milenarista, que muitos achavam que seria monarquista.
Por isso, eram considerados fanáticos perigosos.
Em defesa dos latifundiarios, algumas companhias estrangeiras e especuladores da terra, o governo enviou tropas para destruir as "vilas santas" dos sertanejos.
Após algumas derrotas, o governo enviou uma tropa de oito mil homens, usando inclusive, pela 1a vez o avião para bombardear pobres brasileiros sem terra e sem nada na vida.

-Combatentes militares no auge da Guerra: 8.000 homens, sendo 7.000 soldados do Exército Brasileiro, do Regimento de Segurança do Paraná, do Regimento de Segurança de Santa Catarina, mais 1.000 civis contratados.

Exército Encantado de São Sebastião: 10.000 combatentes envolvidos durante a Guerra.

Baixas nos efetivos legalistas militares e civis: de 800 a 1.000, entre mortos, feridos e desertores

Baixas na população civil revoltada: de 5.000 a 8.000, entre mortos, feridos e desaparecidos

Custo da Guerra para a União: cerca de 3.000:000$000, mais soldos militares

Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras, e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

Final da Guerra: Agosto de 1916, com a captura de Adeodato, o último líder do Contestado




fontes:

Grupo: Erika

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Revolta Da Chibata


No início do século XX, a marinha do Brasil possuía alguns dos navios de guerra mais modernos do mundo. Apesar disso, os marinheiros permaneciam submetidos a leis herdadas do período escravista. Uma das leis mais ultrajantes era a que permitia chibatadas como punição aos marinheiros, o que gerava grande descontentamento entre eles, cuja maioria era descendente de africanos.



Essa insatisfação crescente motivou um grupo de marinheiros a articular um movimento, que ficou conhecido como Revolta Da Chibata. Em 22 de novembro de 1910, o marinheiro João Cândido liderou mais de dois mil colegas, que assumiram o controle de quatro poderosos navios ancorados no Rio de Janeiro. Por rádio, os revoltosos enviaram para as autoridades suas exigências: fim dos castigos corporais, aumento dos salários e melhoria nas condições de trabalho. Para pressionar o governo, João Cândido comandou as tripulações dos navios em manobras no litoral, chegando a disparar alguns tiros de canhão. Diante da ameaça contra a capital, o governo federal decidiu atender às reivindicações dos marinheiros, que se entregaram em 26 de novembro de 1910.

Os castigos corporais foram abolidos, mas, dias depois, a Marinha prendeu alguns marinheiros, incluindo Joã o Cândido. Ele foi expulso da marinha e permaneceu preso áte 1912. João Cândido, que ficou conhecido como "Almirante Negro'', sofreu muitas perseguições das autoridades, o que não o impediu de participar ativamente de outros movimentos políticos, até o fim de sua vida, em 1969.

Grupo:Matheus De Oliveira
Pedro Augusto 
Diego De Souza
João Vitor



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Movimento Tenentista no Brasil



O Tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias, realizado por oficiais de nível intermediário, a saber tenentes e capitães. A elite militar ou o alto escalão do Exército tinha muitas queixas, mas não optaram por rebeliões armadas.

Pregavam a moralização da política e a volta das liberdades públicas, defendiam o capital nacional e exigiam a restauração das forças militares. Propunham também o fim do voto de cabresto e instituição do voto secreto (oposição ao coronelismo), criação de uma justiça eleitoral autônoma e honesta, fim da corrupção, nacionalismo econômico (visto também que a economia brasileira estava amarrada politicamente ao café, que por sua vez dependia do capital estrangeiro em muitas situações) e reformas na educação pública. O Tenentismo não era um movimento ideológico, mas reformista e político.

Na sua repercussão, todo o Brasil, de Norte a Sul, ardentemente deseja, no íntimo de sua consciência, a vitória dos revolucionários, porque eles lutam por amor do Brasil, porque eles querem que o voto do povo seja secreto, que a vontade soberana do povo seja uma verdade respeitada nas urnas, porque eles querem que sejam confiscadas as grandes fortunas feitas por membros do governo a custa dos dinheiros do Brasil, porque eles querem que os governos tratem menos da politicagem e cuidem mais do auxilio ao Povo laborioso que numa mescla sublime de brasileiros e estrangeiros, irmanados por um mesmo ideal, vive trabalhando honestamente pela grandeza do Brasil.(...) Todos sabem hoje, apesar da censura da Imprensa e do Telegrapho, apesar das mentiras oficiais espalhadas por toda a parte, que os revolucionarias têm recebido verdadeira consagração por onde têm passado e que até hoje não foram batidos.(...) Todos sabem hoje que o Governo organizou sucessivamente 8 colunas para batê-los e que foi forçado a desorganizá-las novamente porque as tropas do Exercito se negavam a combatê-los e os de mais, que os combateram, foram colocadas como aconteceu com o Batalhão da Marinha e com a nossa Brigada Militar, agora, depois da entrada em sessão da coluna Rondam é o próprio governo quem confessa não ser mais possível dominar a revolução no Brasil, porque a vitória dela é já uma aspiração Nacional. E o Povo Gaúcho, altaneiro e altivo, de grandes tradições a zelar, sempre o pioneiro de grandes causas nacionais, levanta-se hoje como um só homem e brada: Já é tempo de fazer o governo respeitar a vontade do povo, já é tempo de restabelecer a harmonia na família Brasileira, já é tempo de lucrarmos não peito a peito, mas sim ombro a ombro, para restabelecermos a situação financeira do Brasil.
Conclusão: Tenentismo foi o nome dado ao movimento político-militar e à série de rebeliões de jovens oficiais (na maioria, tenentes) do Exército Brasileiro no início da década de 1920, descontentes com a situação política do Brasil. Embora não propugnassem nenhuma ideologia, os movimentos político-militares, propunham reformas na estrutura de poder do país, entre as quais se destacam o fim do voto de cabresto, instituição do voto secreto e a reforma na educação pública.
Os movimentos tenentistas foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana em 1922, a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus de 1924 e a Coluna Prestes. A Coluna Prestes, como passou a ser chamada, após dois anos de luta enfrentando tropas governistas e tropas de Polícias Estaduais, além de “Provisórios” armados às pressas no sertão do nordeste. Passaram dois anos, sempre se deslocando de um lugar para outro e terminaram se internando na Bolívia. O Tenentismo viveu até quando morreram os seus membros, ou seja, em torno de 1970.


Grupo: Marcos, Pedro Henrique, Luis Felipe, Thamiris

www.suapesquisa.com/historiadobrasil/tenentismo.htm