quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sociedade e educação

Meninos e Meninas. Ainda conversando sobre a sociedade brasileira, estou postando uma nova notícia que pode nos ajudar a comparar os dois momentos da nossa história e entender como tem organizado nossa sociedade.

Leia com muita atenção a reportagem e comente o seu conteúdo.

Mariano Alves

Número de brancos no ensino superior ainda é o dobro do de negros

Correio Braziliense, 17/09/2010 - Brasília DF

Mais negros (pretos e pardos) têm entrado nas universidades, na última década, mas o número de brancos no ensino superior (62,6%) ainda é o dobro dos percentuais de pretos (28,2%) e de pardos (31,8%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1999, entre os estudantes de 18 a 24 anos de idade que cursavam universidade, 33,4% eram brancos, 7,5% pretos e 8% pardos. Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2009 divulgada hoje (17). Em relação à população com ensino superior concluído, o número de brancos é três vezes maior (15%), apesar de o número de pretos e pardos graduados ter crescido entre 1999 e 2009, passando de 2,3% (tanto para pretos quanto para pardos) para 4,7% e 5,3%, respectivamente.

No geral, os brancos têm mais acesso à educação em todos os níveis. As desigualdades se apresentam desde o analfabetismo, cuja taxa nacional era de 13,3% em 1999 e passou para 9,7% em 2009.

Apesar dos avanços registrados na última década, os pretos e pardos ainda apresentam o dobro da incidência de analfabetismo verificado na população branca: 13,3% dos pretos e 13,4% dos pardos são analfabetos, contra 5,9% dos brancos. Por fim, os brancos, em média, estudam 8,4 anos, enquanto os negros, 6,7 anos. Embora o indicador tenha melhorado entre pretos e pardos, em 2009, ainda está abaixo da escolaridade dos brancos em 1999, que era de 7 anos.

Na última década, a pesquisa também registrou que a diferença de rendimentos entre os negros e os brancos é de pelo menos 20%. No segmento mais rico da população, a síntese chama atenção para o fato de a proporção de pretos e pardos ser de 1,8% e de 14,2%, respectivamente. "Trata-se de uma cifra ainda bastante distante da representatividade da população. Pretos e pardos são 6,9% e 44,2% das pessoas no Brasil em 2009, o que corresponde a uma maioria de 51,1% da população", avalia a pesquisa. O documento também alerta que a vulnerabilidade das pessoas negras diante dos indicadores requer "atenção para as políticas públicas", pois, famílias de cor preta e parda são maioria entre aquelas com filhos de até 14 anos.

Mulheres e Sociedade Brasileira

Caros alunos... Estamos, nesse momento, estudando a sociedade brasileira no século XIX. Vimos que, apesar de muitas e significativas mudanças, ainda predominava a vontade do pai e senhor. À mulher era reservado um papel submisso e de sombra dos homens. Abaixo temos uma reportagem recente mostrando um pouco a situação da mulher hoje no Brasil. Leia. Faça seus comentários. 
Aguardo o empenho de todos. 

Mariano 


Mulheres ganham 58% do que recebem os homens
O Estado de São Paulo, 17/09/2010 - São Paulo SP
 
Estudo aponta que diferença é maior entre os mais escolarizados 

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, revelam que mesmo com maior escolaridade, as mulheres têm rendimento médio inferior ao dos homens. Em 2009, as mulheres ocupadas recebiam cerca de 70,7% do rendimento médio dos homens. No mercado formal esse total chegava a 74,6%, enquanto no mercado informal a diferença era ainda maior, com as mulheres recebendo 63,2% do rendimento médio masculino. 
A diferença era ainda maior entre os mais escolarizados: as mulheres com 12 anos ou mais de estudo recebiam, em média, 58% do rendimento dos homens com esse mesmo nível de instrução. Nas outras faixas de escolaridade, a razão era um pouco mais alta (61%). Entre 1999 e 2009, as disparidades pouco se reduziram. O trabalho doméstico é um nicho ocupacional feminino por excelência, no qual 93% dos trabalhadores são mulheres. Em 2009, 55% delas tinham entre 25 e 44 anos, e a porcentagem de pardas era de 49,6%. Quase um terço das trabalhadoras domésticas não possuía carteira de trabalho assinada, tinham em média 6,1 anos de estudo e o rendimento médio ficava na ordem de R$395,20. 
Enquanto, em 2009, as mulheres trabalhavam em média 36,5 horas semanais, para os homens a carga era de 43,9 horas. Nos trabalhos informais, a média caía a 30,7 horas para as mulheres e a 40,8 horas para os homens. Já nas ocupações formais, tanto para as mulheres quanto para os homens, a média de horas trabalhadas era
maior que as 40 horas semanais. Quando se analisa a média de horas trabalhadas por grupos de escolaridade tanto os homens quanto as mulheres com 9 a 11 anos de estudos trabalham mais do que os seus pares nos demais grupos. As mulheres com escolaridade mais baixa trabalham menos do que aquelas com mais de 12 anos de estudo, enquanto o inverso ocorre para os homens: aqueles com maior escolaridade trabalhavam menos do que os outros. Apesar do aumento da taxa de atividade das mulheres, essas permanecem como as principais responsáveis pelas atividades domésticas e cuidados com os filhos e demais familiares. No Brasil, a média de horas gastas pelas mulheres a partir dos 16 anos de idade em afazeres domésticos é mais do que o dobro da média de horas dos homens

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Educação e Tecnologias.



Escolas de todo o Brasil recebem 150 mil laptops  
Mais 300 unidades serão beneficiadas pelo projeto Um Computador por Aluno -  experiência gera impacto na educação
Luciana Alvarez (O Estado de São Paulo, 15/09/2010 - São Paulo SP)

Começam a ser entregues na próxima semana os últimos computadores do projeto-piloto Um Computador por Aluno (UCA), realizado pelo Ministério da Educação em parceria com Estados e municípios. Serão distribuídas 150 mil máquinas em 300 escolas de todo o País. Em seis municípios, 100% das escolas serão beneficiadas pelo programa. A experiência tem como base a proposta da ONG One Laptop Per Child (OLPC), que desde 2005 defende a distribuição de computadores para crianças como forma de melhorar a educação e reduzir as diferenças sociais em países pobres e em desenvolvimento.


No Brasil, desde 2007, antes de o MEC criar o programa, cinco escolas haviam conseguido parcerias para dar computadores portáteis de baixo custo a seus alunos. "Sozinha, a tecnologia não resolve problemas. Mas colocar esses equipamentos na escola induzem mudanças", afirmou Roseli Lopes, que coordenou uma das experiências iniciais no colégio paulistano Ernani Silva Bruno, durante o 3.º Encontro sobre Laptops na Educação, ontem, em São Paulo. "Nosso objetivo era que os alunos criassem curiosidade, autonomia e condição para fazer análises críticas. E eles conseguiram", disse Léa Fagundes, uma das coordenadoras da primeira experiência em Porto Alegre.
[...]

E aí. Vocês acham que o computador pode realmente melhorar a educação no Brasil? Participem desse debate...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

História do Café no Brasil



O café chegou ao norte do Brasil, mais precisamente em Belém, em 1727, trazido da Guiana Francesa pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta. Já naquela época o café possuía grande valor comercial. 

Palheta aproximou-se da esposa do Governador de Caiena, capital da Guiana Francesa, Conseguindo conquistar sua confiança. Assim ele consegue sair da região com café escondido em sua bagagem. 

Devido às nossas condições climáticas, o cultivo de café se espalhou rapidamente, com produção voltada para o mercado doméstico. Em sua trajetória pelo Brasil, o café passou pelo Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Num espaço de tempo relativamente curto, o cafe passou de uma posição doméstica para a de produto-base da economia brasileira. Desenvolveu-se com total independência, ou seja, com recursos nacionais.

Em condições favoráveis a produção cafeeira se estabeleceu no Vale do Rio Paraíba. No final do século XVIII, com a desorganização da produção do Haiti - devido a longa guerra de independênca que o país manteve com a França, o Brasil aumentou significativamente a sua produção e, embora ainda pequena, passou  a ser vendida com regularidade. Os embarques foram realizados pela primeira vez em 1779, com a insignificante quantia de 79 arrobas. Somente em 1806 as exportações atingiram um volume mais significativo, de 80 mil arrobas. 


Por quase um século, o café foi a grande riqueza brasileira, as divisas geradas pela economia cafeeira aceleraram o desenvolvimento do Brasil e possibilitram  que nosso pais continuasse inserido nas relações internacionais de comércio. A cultura do café ocupou vales e montanhas, possibilitando o surgimento de cidades e dinamização de importantes centros urbanos por todo o interior do Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e norte do Paraná. Ferrovias foram construídas para permitir o escoamento da produção, substituindo o transporte animal e impulsionando o comércio inter-regional de outras importantes mercadorias. O café trouxe grandes contingentes de imigrantes, consolidou a expansão da classe média, a diversificação de investimentos e até mesmo intensificou movimentos culturais. A partir de então o café e o povo brasileira passam a ser indissociáveis.


O café continua hoje, a ser um dos produtos mais importantes para o Brasil e é, sem dúvida, o mais brasileiro de todos. Hoje o país é o primeiro produtor e o segundo consumidor mundial do produto. 

Fonte



Caros alunos. A pequena história acima, contada pela Associação Brasileira da Indústria do Cafe (ABIC) nos dá um panorama sobre como o Brasil virou um grande produtor, consumidor e exportador mundial do café. Escolhi esse texto por achar que ele está incompleto. Faltam outras informações que poderão enriquecer nosso conhecimento sobre um período muito importante da nossa História. Espero que você leia o texto e faça comentários no sentido de completá-lo ou até mesmo de corrigí-lo caso você discorde do que está escrito.